Vereador do PMDB Ijuí-RS

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Falta de medicamentos pode ter origem na modalidade de compra

O vereador Daniel Perondi (PMDB) participou hoje à tarde da reunião das comissões da Câmara de Vereadores que contou com a presenção do coordenador de compras e licitações do Município de Ijuí, Walter Arbo. Ele foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o processo de compras de medicamentos pela Prefeitura. Há duas semanas, sobre o mesmo tema, os vereadores receberam o Consório Intermunicipal de Saúde do Noroeste do Estado (Cisa).
Perondi perguntou ao coordenador o motivo pelo qual faltam de medicamentos na rede municipal e o porquê da decisão do Executivo de não efetuar a aquisição de remédios via pregão eletrônico do Cisa. "Sabemos que Cruz Alta, Santo Ângelo, por exemplo, compram medicamento pelo Consórcio, que é sediado em Ijuí. Gostaria de saber por que a Prefeitura recusa-se a aderir à modalidade que significa economia de recursos", questionou.
Arbo explicou que a compra de medicamentos pela Prefeitura ocorre por meio de registro de preços, carta-convite e pregão. "Não realizamos um estudo específico sobre os medicamentos, mas recebi a informação da Secretaria Municipal de Saúde de que a compra de exames laboratoriais e outros serviços, feitos diretamente pela Prefeitura, apresentam um custo de até 40% menos do que a tabela do Cisa, mas não é um estudo da nossa coordenadoria", afirmou Arbo.
Ele ressaltou ainda que não possui conhecimentos específicos sobre medicamentos e só efetua a compra quando é acionado pela Secretaria de Saúde, órgão que é responsável pelo recebimento e distribuição dos remédios. "Estou ciente de um caso recente de falta de medicamento. o problema foi causado pela compra de uma empresa que está sob investigação por denúncias de diversas irregularidades, mas desconheço a falta generalizada de remédios na rede municipal", disse.
O vereador Daniel Perondi levantou dúvidas sobre esse estudo. Segundo informou, em 2009, o parlamentar fez um levantamento comparativo de preços e descobriu que em relação aos valores pagos pela Prefeitura e pelo Cisa, o Cisa comprava com valor até 60% inferior à Prefeitura de Ijuí. "O dinheiro desperdiçado na compra de remédios, pode ser exatamente o recurso que está fazendo falta para atender os cidadãos de Ijuí que precisam de medicamento, vão até o posto e não encontram", alertou Perondi.
Ao final, Perondi, juntamente com a bancada de oposição, protocolou um pedido de informação. A intenção é fazer uma nova comparação e verificar se é possível comprar mais remédios por menos em Ijuí. Os vereadores aguardam a resposta sobre quais os medicamentos foram comprados em 2010 e a que valor.

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